domingo, outubro 30, 2005
sábado, outubro 22, 2005
Chuva de puta que pariu.
Associada a nossa tradicional falta de público, fenômeno de apatia e burrice da classe média consumidora de teatro, temos nesta tempoada de extinção um novo detalhe maravilhoso: a chuva.
Este é o terceiro fim de semana que chove em porto alegre. E não é uma chuva comum, não, é uma chuva especial, ela só começa sexta feira ali perto das 20h, quando as pessoas que estavam querendo ir ao teatro coemçam a sair de casa e dura até domingo a noite. Depois, segunda feira, tudo volta a ficar ensolarado e legal. Este é o terceiro fim de semana que isto acontece. Estou bem contente com isso. Isso dá mais energia para trabalhar, é ótimo sair de casa e ir levantar o cenário, sendo refrescado no caminho por estas chuvas de primavera. Eu diria que é o apoio institucional da Natureza para o teatro portoalegrense. Pelo menos ainda não está chovendo fogo & enxofre.
Este é o terceiro fim de semana que chove em porto alegre. E não é uma chuva comum, não, é uma chuva especial, ela só começa sexta feira ali perto das 20h, quando as pessoas que estavam querendo ir ao teatro coemçam a sair de casa e dura até domingo a noite. Depois, segunda feira, tudo volta a ficar ensolarado e legal. Este é o terceiro fim de semana que isto acontece. Estou bem contente com isso. Isso dá mais energia para trabalhar, é ótimo sair de casa e ir levantar o cenário, sendo refrescado no caminho por estas chuvas de primavera. Eu diria que é o apoio institucional da Natureza para o teatro portoalegrense. Pelo menos ainda não está chovendo fogo & enxofre.
:)
Bienal em alguns ecos.
Parte um: Os CONCRETOCHATOS...
E gosto de artes plásticas. Já trabalhei quase um ano na feliz tarefa de ser "mediador" no Santander Cultural. Foi uma experiência ótima. Naquela época comecei a construção de um pensamento formal e plástico, comecei uma reflexão no papel da imagem no teatro e no mundo. Artes plásticam exercem uma fascínio em mim. Mas geralmente acho o contato com o objeto de arte, frio. Raramente me emociono. Minha apreciação costuma ser absolutamente intelectual e de deleite estético. Mas isso não é algo ruim, já que apenas algumas linhas da arte querem realmente travar um contato emocional com o espectador. Na maioria dos casos, pricipalmente falando dos pós concretos e nos concretos, nos abstracionistas geométricos etc... a emoção é vista como um monstro. Eles nos oferecem uam arte seca e dura, lógica e formal.
A 5ª Bienal do Mercosul, desde o logotipo até a curadoria das exposições, dá atenção aos concretos, e aos neo-concretos. Fui vê-los e digo, para mim todo o movimento só me dá bocejos. Fui no Santander dar uma olhada na exposição, que tem um caráter meio "histórco".A reflexão sobre forma e contraforma, espaço, figura e fundo etc parece deslocado em um mundo que , se pensarmos bem, é prenhe de perplexidade, som e fúria. E está deslocado mesmo. Poucos, hoje em dia, se dedicam a sta corrente estética. Minha impressão é que o objeto artístico que trabalha com estas questões não passa de algo"interessante"e que ficou relegado a uma vanguarda que hoje é "histórica", apenas. (apesar de as esculturas do Amílcar de CAstro que estão colocadas em frente ao mercado público incitarem um belo diálogo entre o peso da arte, que se pretende atemporal e acultural, com a movimentação louca dos transeuntes e ambulantes do centro, que estão usando elas como um bom meio de se proteger do sol).
Parte dois: INSTALANDO EM MEIO AOS LOBOS
Depois que sai do Santander fui dar uma olhada no Cais do Porto, lá temos quatro núcleos da Bienal: O da escultura à isntalação. A persistência da Pintura, artista homenageado ( o Amilcar de Castro)e a "exposição especial".
Vou dizer em rápidas palavras que na parte de esculturas e istalações pouca coisa me pareceu realemnte boa. Destaco o trabalho de um mexicano que eu não lebro o nome e que o site da bienal não me ajudou a recordar já que nele só é citado os nomes dos artista sem imagens das obras. Um saco. Ele faz uma isntalçação absolutamente pop e colorida. Luz e plástico. É quase um cenário de lego, feito de objetos formados por contas de plástico coloridas e traslucidas. Nela temos um casal deitado em meio a um artificial e cartoonesco jardim com cogumelos e flores coloridíssimas. Esta casal deitado no jardim me remeteu direamente ao casal primordial bíblico. É interessantqe que o artista faz um contraponto com a apartente palsticidade e inocência das formas e das cores que usa para a contrução da imagem, com um som de selva "real", onde lobos uivam ao longe. Dá para pensar no conflito entre imagem e realidade. Dá para pensar que no "jardim do édem" existe um dedo de terror. Dá para pensar que o belo gurada a semente do feio, que o inocente guarda o violento e aterrador.
Gostei também do cadáver de chocolate que é oresquício de uam eprformance de outro mexicano. Na performance que pude ver em vídeio, el, caracterizado como aquelas figuras tradicionais de caveira mexicana, parte com um facão um dos corpos de chocolate e os divide com o úblico. Ele está com uma cueca que cita a bandeira norteamericana e limpa a boca com um guardanapo norteamericano também. isso eu acho, em verdade uma diminuição conceitual do seuprórpio trabalho. Ele quer falar de exploração das américas, das riquezas devoradas pelos ditos paises do "primeiro mundo". Ma eu tive uma relação bem mais arcaica com a obra. Estar frent a frente a um corpod e humem, relisticamnte esculpido emc hocolate me provocou ecos de antropofagia. É sedutor o corpo nú, é sexual, o cheiro forte do choclate convida que que tenhamos vontade de lambê-lo, tocá-lo. Mas ele reprsenta um corpo morto. E aparce então o desconforto do brilho da necrofilia, de canibalismo. Ao mesmo tempo, a relação do observador e arte, que muita vezes não passa de uma relação de "fagia", comer a obra simplesmente e não, se relacionar com ela.
Exemplo bom disso, é que no dia que neste mesmo dia, a alta cúpula financeira e administradora do Santander Cultural estava fazendo uma aerada visita a esta exposição. Estavam em ando, muito faceiros e interessados. E com alguns fotógrafos em volta. E gente cortejando. ME deu nojo ver aquilo. A relação com as obros sendo epenas uma brecha para o exercício das vaidades. Eles não estvam vendo, estavam vendo para serem vistos, gente de coluna social, um lixo. Predadores, quem sabe os lobos que rondam o edem da instalação que falei.
Parte três: A PINTURA PERSISTE.
A parte da pintura começa com os abstracionistas, mais geométricos, mais formais, e depois vai para os caras menos comportados. Na parte dos que investigam a materialidade da pintura em si, o valor das cores, do gesto pictórico, ds formas, as texturas etc... nada me ecnantou. Acho tudo, como disse antes, bonito e interessante. Mas beleza e curiosidade não servem para mim. Somente beleza não põe a mesa.
O bom é que isso é apenas uma parte da exposição. Ela guarda uma outra metada dedicada aos caras mais experimentais, que investigam os valores inatos a pintura, mas que se deixam trafegar por áreas mais perigosas, menos refinadas, as zonas que tocam o lixo visual contemporâneo, a cultura de massa e seus imblemas, o traço naive, o gesto mais expressionista.
Para mim as obras que se destacam são:
Osvaldo Salerno e as suas pinturas pop-arcaicas. O paraguaio traz uma séire de quadrinhos pequenos atulhados de cores supersaturadas e trasbordantes de desenhos a rpimeira vista horrorosos(figura formada por linhas, o caso dele pintada, ele usa o pincel como lápis). O cara se apropria do estilo de desenhar de quem não tem técnica acadêmica ou formal, o chamado "naive" para dar concretude a um universo que cita o pop, mas que emrgulha no arcaico. No inconsciente. Um belo exemplo é ma pintura que msotra uma m~e beijando um filho com a boca bem escancarada, apertando ele contra o peito e rosto. Ela parece estar comendo o filho. No quadro estão escritos vários bordões clichês sobre maternidade como "mão só tem uma""mãe tem o amor que vem de deus". Mas a figura é aterradora. E os detalhes do quadro, como bixos se devorando e uma janela com ua lua cheia faz a ponte para o que eu chamei de arcaico ou inconsciente. É como se, através do uso dests fromas grosseiras dos desenhos populares, opitor quisesse falar deste inconsciente coletivo, das forças primitivas que estão por trá da camada de civilização dos homens. As outras obras irmãs são assim também, msotram cenas de necrofilia, de animais, de vetegetação selvagem. Colocam frente a frente consiente e inconsciente. Colocam o homem civilizado num panorama de mistério e de fluxos que ele não conehce, e se envegonha geramente. Ao mesmo tempo ele dialoga com a cultura do lixo publicitário, citando até a logotipo da Cavalera em alguns quadros. Muito bizarro, muito bom.
Outro cara massa é um Argentino que, por ineficácia do site da Bienal, não podrei citar o nome. O obra do cara é um desenho de proporções gigantescas, bem realista, em uma parede branca. O desenho em si não tras nada de formalmente inovador, é apenas a reprodução abstante realista de duas cabeças de jovens hones, em relação uma a outra. Eles estão de olhos fechados e o de cima parece estar indo dar um beijo na testa do que está em baixo. Da cabeça do que está embaixo sai uma mancha escura e negra. A imagem é cheia de mist´rio, cheia de espaços para a imaginação do espectador. Eu logo associei, por causa da minha tendência mórbida usual, a um casal de namorados onde um acaba de morrer. A mancha negra eu vi como sangue, sabgua de uam cabeça acidentada. Agora não fiquei chocado. Fiquei comovido com a delicadeza da relação de ambos, a intençaõ do beijo na testa como um carinho fraternal, derradeiro.Mas não paro por aqui, ae fui ler um breve texto sobre o arista e seu método. O texto revela que o argentino busca em filmes pornô gays da internet a pedra propulsora dos seus desenhos. Ele pega um frama que considera interessante e, através da projeção do mesmo em uma parede, desenha com carvão por cima. Isso é um ato totalemnt pós moderno. Eu adoreiter lido isso. O cara, através da apropriação e do descocameno que são operados pelo seu ato artísico, abre ma imagem banal ( o frame de filme pornô) e investe ele de valor conceitual, emotivo e artístico. É como se o artista remodalasse o mundo. E vamos e venhamos, o artista bom remodela sim o mundo, desfoca, motra a reliadade sobre outras perspectivas, torna o corriqueiro estranho para quepossamos reavaliar com outros olhos o banal. O atista não reduz, ele expande.
Como não vou falar de todo que gostei por rpeguiça, acabo o artiguinho comentando a gaúcha já bastante conehcida KArin Lamprecht. Elaé umalouca mórbia total. Ela tem na bienal uma pintura-isntalação-fotografia de dar arrepios. Chma-se "caixa de socorro", algo assim. São vitrines que contém pepéis marcados por um ação artística de karin. Ela vai em lugares que se abaem bixos, cordeiros, etc, e, de posse das suas vísceras e sangue, marca o papel. A beleza ão é propriamente de quão encantadoras são as manchas de sangue e de líquidos internos de nimais no papel mas do que a obra provoca, do diálogo doloroso que ela provoca. Junto a estas impressões de orgão está uma foto em proporções quase humana, de corpo inteiro a prórpia Karin, com um vestido long manchado de sanue. A foto é preto e branco, mas sabendo dos gesto sangíneo m si, abes claramente que a manh é de sangue. E nos pés da foto está uma caixa que reproduz o tamano do corpo dela no chão. uma espécie de túmulo. Não preiso ser muito explícito, mas é intenso ver a relação que a artista fa do ato criador, um ato visceral, litaralmente falando. Seu corpo relacionado as sua pinturas de sangue sugerem que não dá para fazer arte sem botar em jogo o que existe de mais íntimo e vivo em si. Esta pintura-italação-fotograia também sugere uma apropriação da artista em relação ao seu corpo, o caráter de mortalidade do mesmo, a transitoriedade de tudo. Karin é sempre fodona.
É isso.
No próximo post comentarei a Abramovich e sua vídeo isntalação, algo que me comoveu profundamente.
E gosto de artes plásticas. Já trabalhei quase um ano na feliz tarefa de ser "mediador" no Santander Cultural. Foi uma experiência ótima. Naquela época comecei a construção de um pensamento formal e plástico, comecei uma reflexão no papel da imagem no teatro e no mundo. Artes plásticam exercem uma fascínio em mim. Mas geralmente acho o contato com o objeto de arte, frio. Raramente me emociono. Minha apreciação costuma ser absolutamente intelectual e de deleite estético. Mas isso não é algo ruim, já que apenas algumas linhas da arte querem realmente travar um contato emocional com o espectador. Na maioria dos casos, pricipalmente falando dos pós concretos e nos concretos, nos abstracionistas geométricos etc... a emoção é vista como um monstro. Eles nos oferecem uam arte seca e dura, lógica e formal.
A 5ª Bienal do Mercosul, desde o logotipo até a curadoria das exposições, dá atenção aos concretos, e aos neo-concretos. Fui vê-los e digo, para mim todo o movimento só me dá bocejos. Fui no Santander dar uma olhada na exposição, que tem um caráter meio "histórco".A reflexão sobre forma e contraforma, espaço, figura e fundo etc parece deslocado em um mundo que , se pensarmos bem, é prenhe de perplexidade, som e fúria. E está deslocado mesmo. Poucos, hoje em dia, se dedicam a sta corrente estética. Minha impressão é que o objeto artístico que trabalha com estas questões não passa de algo"interessante"e que ficou relegado a uma vanguarda que hoje é "histórica", apenas. (apesar de as esculturas do Amílcar de CAstro que estão colocadas em frente ao mercado público incitarem um belo diálogo entre o peso da arte, que se pretende atemporal e acultural, com a movimentação louca dos transeuntes e ambulantes do centro, que estão usando elas como um bom meio de se proteger do sol).
Parte dois: INSTALANDO EM MEIO AOS LOBOS
Depois que sai do Santander fui dar uma olhada no Cais do Porto, lá temos quatro núcleos da Bienal: O da escultura à isntalação. A persistência da Pintura, artista homenageado ( o Amilcar de Castro)e a "exposição especial".
Vou dizer em rápidas palavras que na parte de esculturas e istalações pouca coisa me pareceu realemnte boa. Destaco o trabalho de um mexicano que eu não lebro o nome e que o site da bienal não me ajudou a recordar já que nele só é citado os nomes dos artista sem imagens das obras. Um saco. Ele faz uma isntalçação absolutamente pop e colorida. Luz e plástico. É quase um cenário de lego, feito de objetos formados por contas de plástico coloridas e traslucidas. Nela temos um casal deitado em meio a um artificial e cartoonesco jardim com cogumelos e flores coloridíssimas. Esta casal deitado no jardim me remeteu direamente ao casal primordial bíblico. É interessantqe que o artista faz um contraponto com a apartente palsticidade e inocência das formas e das cores que usa para a contrução da imagem, com um som de selva "real", onde lobos uivam ao longe. Dá para pensar no conflito entre imagem e realidade. Dá para pensar que no "jardim do édem" existe um dedo de terror. Dá para pensar que o belo gurada a semente do feio, que o inocente guarda o violento e aterrador.
Gostei também do cadáver de chocolate que é oresquício de uam eprformance de outro mexicano. Na performance que pude ver em vídeio, el, caracterizado como aquelas figuras tradicionais de caveira mexicana, parte com um facão um dos corpos de chocolate e os divide com o úblico. Ele está com uma cueca que cita a bandeira norteamericana e limpa a boca com um guardanapo norteamericano também. isso eu acho, em verdade uma diminuição conceitual do seuprórpio trabalho. Ele quer falar de exploração das américas, das riquezas devoradas pelos ditos paises do "primeiro mundo". Ma eu tive uma relação bem mais arcaica com a obra. Estar frent a frente a um corpod e humem, relisticamnte esculpido emc hocolate me provocou ecos de antropofagia. É sedutor o corpo nú, é sexual, o cheiro forte do choclate convida que que tenhamos vontade de lambê-lo, tocá-lo. Mas ele reprsenta um corpo morto. E aparce então o desconforto do brilho da necrofilia, de canibalismo. Ao mesmo tempo, a relação do observador e arte, que muita vezes não passa de uma relação de "fagia", comer a obra simplesmente e não, se relacionar com ela.
Exemplo bom disso, é que no dia que neste mesmo dia, a alta cúpula financeira e administradora do Santander Cultural estava fazendo uma aerada visita a esta exposição. Estavam em ando, muito faceiros e interessados. E com alguns fotógrafos em volta. E gente cortejando. ME deu nojo ver aquilo. A relação com as obros sendo epenas uma brecha para o exercício das vaidades. Eles não estvam vendo, estavam vendo para serem vistos, gente de coluna social, um lixo. Predadores, quem sabe os lobos que rondam o edem da instalação que falei.
Parte três: A PINTURA PERSISTE.
A parte da pintura começa com os abstracionistas, mais geométricos, mais formais, e depois vai para os caras menos comportados. Na parte dos que investigam a materialidade da pintura em si, o valor das cores, do gesto pictórico, ds formas, as texturas etc... nada me ecnantou. Acho tudo, como disse antes, bonito e interessante. Mas beleza e curiosidade não servem para mim. Somente beleza não põe a mesa.
O bom é que isso é apenas uma parte da exposição. Ela guarda uma outra metada dedicada aos caras mais experimentais, que investigam os valores inatos a pintura, mas que se deixam trafegar por áreas mais perigosas, menos refinadas, as zonas que tocam o lixo visual contemporâneo, a cultura de massa e seus imblemas, o traço naive, o gesto mais expressionista.
Para mim as obras que se destacam são:
Osvaldo Salerno e as suas pinturas pop-arcaicas. O paraguaio traz uma séire de quadrinhos pequenos atulhados de cores supersaturadas e trasbordantes de desenhos a rpimeira vista horrorosos(figura formada por linhas, o caso dele pintada, ele usa o pincel como lápis). O cara se apropria do estilo de desenhar de quem não tem técnica acadêmica ou formal, o chamado "naive" para dar concretude a um universo que cita o pop, mas que emrgulha no arcaico. No inconsciente. Um belo exemplo é ma pintura que msotra uma m~e beijando um filho com a boca bem escancarada, apertando ele contra o peito e rosto. Ela parece estar comendo o filho. No quadro estão escritos vários bordões clichês sobre maternidade como "mão só tem uma""mãe tem o amor que vem de deus". Mas a figura é aterradora. E os detalhes do quadro, como bixos se devorando e uma janela com ua lua cheia faz a ponte para o que eu chamei de arcaico ou inconsciente. É como se, através do uso dests fromas grosseiras dos desenhos populares, opitor quisesse falar deste inconsciente coletivo, das forças primitivas que estão por trá da camada de civilização dos homens. As outras obras irmãs são assim também, msotram cenas de necrofilia, de animais, de vetegetação selvagem. Colocam frente a frente consiente e inconsciente. Colocam o homem civilizado num panorama de mistério e de fluxos que ele não conehce, e se envegonha geramente. Ao mesmo tempo ele dialoga com a cultura do lixo publicitário, citando até a logotipo da Cavalera em alguns quadros. Muito bizarro, muito bom.
Outro cara massa é um Argentino que, por ineficácia do site da Bienal, não podrei citar o nome. O obra do cara é um desenho de proporções gigantescas, bem realista, em uma parede branca. O desenho em si não tras nada de formalmente inovador, é apenas a reprodução abstante realista de duas cabeças de jovens hones, em relação uma a outra. Eles estão de olhos fechados e o de cima parece estar indo dar um beijo na testa do que está em baixo. Da cabeça do que está embaixo sai uma mancha escura e negra. A imagem é cheia de mist´rio, cheia de espaços para a imaginação do espectador. Eu logo associei, por causa da minha tendência mórbida usual, a um casal de namorados onde um acaba de morrer. A mancha negra eu vi como sangue, sabgua de uam cabeça acidentada. Agora não fiquei chocado. Fiquei comovido com a delicadeza da relação de ambos, a intençaõ do beijo na testa como um carinho fraternal, derradeiro.Mas não paro por aqui, ae fui ler um breve texto sobre o arista e seu método. O texto revela que o argentino busca em filmes pornô gays da internet a pedra propulsora dos seus desenhos. Ele pega um frama que considera interessante e, através da projeção do mesmo em uma parede, desenha com carvão por cima. Isso é um ato totalemnt pós moderno. Eu adoreiter lido isso. O cara, através da apropriação e do descocameno que são operados pelo seu ato artísico, abre ma imagem banal ( o frame de filme pornô) e investe ele de valor conceitual, emotivo e artístico. É como se o artista remodalasse o mundo. E vamos e venhamos, o artista bom remodela sim o mundo, desfoca, motra a reliadade sobre outras perspectivas, torna o corriqueiro estranho para quepossamos reavaliar com outros olhos o banal. O atista não reduz, ele expande.
Como não vou falar de todo que gostei por rpeguiça, acabo o artiguinho comentando a gaúcha já bastante conehcida KArin Lamprecht. Elaé umalouca mórbia total. Ela tem na bienal uma pintura-isntalação-fotografia de dar arrepios. Chma-se "caixa de socorro", algo assim. São vitrines que contém pepéis marcados por um ação artística de karin. Ela vai em lugares que se abaem bixos, cordeiros, etc, e, de posse das suas vísceras e sangue, marca o papel. A beleza ão é propriamente de quão encantadoras são as manchas de sangue e de líquidos internos de nimais no papel mas do que a obra provoca, do diálogo doloroso que ela provoca. Junto a estas impressões de orgão está uma foto em proporções quase humana, de corpo inteiro a prórpia Karin, com um vestido long manchado de sanue. A foto é preto e branco, mas sabendo dos gesto sangíneo m si, abes claramente que a manh é de sangue. E nos pés da foto está uma caixa que reproduz o tamano do corpo dela no chão. uma espécie de túmulo. Não preiso ser muito explícito, mas é intenso ver a relação que a artista fa do ato criador, um ato visceral, litaralmente falando. Seu corpo relacionado as sua pinturas de sangue sugerem que não dá para fazer arte sem botar em jogo o que existe de mais íntimo e vivo em si. Esta pintura-italação-fotograia também sugere uma apropriação da artista em relação ao seu corpo, o caráter de mortalidade do mesmo, a transitoriedade de tudo. Karin é sempre fodona.
É isso.
No próximo post comentarei a Abramovich e sua vídeo isntalação, algo que me comoveu profundamente.
PS: a figura em questão, e a obra em desenho do argentino que não sei o nome.
quinta-feira, outubro 13, 2005
Go with the Flow é clipe com muita carne para tapar o buraco do dente.
Queens of the Stone Age é a banda que tem feito eu gostar das velhas e boas guitarras distorcidas. A primeira vez que entrei em contato com a banda eu tava com um pé o mundo do grotismo, aliás eu o Marcos e o Lisandro estávamos com todos os pés que um ser humano pode ter, afundados completamente no mundo do grote. Tinhamos ido na casa do Daniel, e lá, ele começou a nos mostrar uns vídeos. E um daqueles vídeos arrombou as portinhas da minha percepção. Falo de "go with the flow". É um videoclip feito em animação, apartir de uma técnica conhecida como "rotoscopia" no qual, a partis de imagens capturados em vídeo, o cara através do computador tarsnforma ela em animação.
O enredinho é simples, eles contam um duelo entre dois carros, uma caminhonete com os caras da banda tocando, e um carrão antigo com uma gangue de caras de caveira. É um destes duelos onde os dois carros, em uma grande estrada vão indo um em direção ao outro em alta velocidade até que, para ver quem é o mais macho, um sai da estrada quase na hora de pechar de frente. Agora como eles manipulam as imagens e os códigos que aparecem neste duelo é que faz do clipe uma pequena obra-prima.
Sequência um: A banda, e o primeiro vestígio da morte-sexo.
Um carro entra a toda velocidad em uma auto-estrada, uma pick-up, nela os caras da banda tocam, uma grande lua cheia, eles aceleram, um inseto está cruzando a autoestrada, é esmagado pelas rodas do carro, aparece uma mulher dançando, e o seu dança é fundido com a imagem do braço de uma guitarra levantando, logo mais velocidade e a mulher agora é gigantesca e está deitada sobre a estrada que vai dar literalmente na sua xota (xexeca, sei lá, não to muito acustumado com estes termos técnicos heheh) e o caro dos guris entra direto ali.
Então pessoal, aqui temos umas associações interessantes. A velocidade do carro aponta para o perigo. A velocidade mata o inseto, e esta morte é associada a uma mulher que dança. O braço da guitarra levanta-se como um pau que endurece. Acho que fica clara a relação perigo-morte, com o tesão. O carro acaba indo ditero em direção a morte-mulher. Aquela velha relação frudiana que é a consciência de Thanatos (a morte) que nos impulsiona para o Eros (vida-sexo).
Segunda sequência: nesta é apresentado para o espectador os outros duelistas. São caras com máscaras de caveira em um carrão antigo. Eles também entram furiosamente na pista e a montagem começa a ser de duelo clássico. Mostra um, mostra outro e ele cada vez mais rápidos. No moneto chave do acidente frontal o diretor do clipe monta a batida dos carros com um dos membros da banda indo para aquela mulher que ja apareceu anets de biquini que está toda se arregaçando em cima de um capô de carro. Mais cena do acidente, os carros estão a centrimentos de distância, câmera lenta, fusão com a cena de sexo, as bocas, do cara da banda e da garota do biquine mais próximas, e os carros se batem, lentamente. Detalhe que no capô dos carros estão desenhos, no da banda, um símbolo que parece uma flecha, e no das caveiras, um círculo que parece um triblal com a cara de um dragão ou serpente. A flecha entra no círculo do dragão e da colisão dos carrros explode uma onda de espermatozoidezinhos que vão voando no meio de um caleidoscópio de cores em todas as direções.
Bom, não quero simplificar nem explicar nada, mas no meu ver ae se explicitam as relações que o diretor faz em termos de morte e sexo. A consquista e o sexo como um duelo e o orgasmo como uma pequena morte.
Sequencia final.
Cabe ressltar que até aqui o clipe teve uma direção de arte usando só o trio clásico de cores do nazismo e da coca-cola light: preto branco e vermelho. Depois que os carros batem, a câmera segue a flecha-símbolo da banda que sai voando em meio a uma explosaão de espermatozóides e cores do arco iris. O cenário que remete à realidade, um deserto cheio de catos se deforma e apartis de agora tudo é cor e movimento, psicodelia ser o termo. A mulher que aparece no clipe inteiro dança multiplicada um várias, cada uma de uma cor, sua língua gigante lambendo os lábios enquando a flecha viaja a mil por formas mutantes. Depois disso a flecha volta ao mundo preto vermelho e branco, parao mundo da estrada e vemos novamente o carro da banda que agora deixa um rastro de fogo e acaba indo em direção a um enorme sol que nasce no horizonte e toma a tela inteira com seu fogo e brilho.
Poisé, o contraste de cores é interessante, depois do choque a liberação dos sentidos Não existe mais limites, tudo é cor e movimento, é o reino de Eros total, os espermatozóides voam, as cores voam e se multiplicam, a garota dança loucamente. É como se este perigo, liberaçe a criação. E como se fosse necessário ao artista e ao ser humanos e arriscar para obter uma expansão da vida. Acho que esta talvez seja uma boa chave para a interpretação do clipe: o processo criativo (no caso metaforicamente msotrado através dos caminhos que a banda vai percorrer) como manipulação de forças antagônicas e complementares: morte-vida, noite-dia, duelo-sexo. O clipe termina com o carro indo em direção ao sol, e cabe lembrar que ele começa numa noite. Fechamos com a idéia de um mundo sombrio e noturno, um mundo de enfrentamento e morte, que depois de experimentado, libera a cor, o prazer, o sol, signo bastante comum da razão, do coroamento, do êxito do produto artístico-humano-sensorial que vem à tona.
segunda-feira, outubro 10, 2005
Escafandro estético num mar de merda líquida
É impressionante como o fenômeno chamado de "público" é instável. Este foi o segundo fim de semana em cartaz com o esptaculo EXTINÇÃO na Sala Álvaro Moreyra. Pois bem, se 6 apresentações tivemos que cancelar uma, e enste último domngo, deveríamos cancelar outra vez já que tivemos a presença de 6 pessoas, 6 seres humanos que sairam das suas casas e foram assistir Extinção. Nós deveríamos ter cancelado já que a nossa equipe soma8 pessoas e o número de platéia não chegou nem a isso. Mas fizemos. E vou dizer o por que.]
A- Por que a gente faz EXTINÇÃO mesmo se enchendo de dívidas e tendo ódio da burrice da platéia?
Bom, para começar, apresentar um espetáculo não sinifica chega no teatro às 20h, botar as roupinhas, pintar a cara e se jogar. Não. As salas da prefeitura funcionam por "revezamento", ou seja, no mesmo dia se apresentam duas peças por lá, uma nfantil e uma adulta. Isso na verdade é ótimo pois dá mais espaço para os trabalhadores do teatro exrcerem suas funções, ao mesmo tempo, é um saco tu ter que montar e desmontar o teu cenário todos os dias. E mais saco ainda é ter que montar e desmontar um cenário numa sala que NÃO OFERECE CONDIÇÕES PARA QUE ISSO SEJA FEITO DE MANEIRA FÁCIL E RÁPIDA. Sim, a Sala Álvaro Moreyra ta abandonada. A única vara de cenário, lá atrás, é fixa na parede (ela não desce até o chão para que a gente possa preder o cenáro e depois subí-lo) e tem um tamanho ínfimo. Eu não entendo como fizeram uma barrinha de cenário que não comporta toda a largura da sala. Além do mais, ela foi "esticada": como ela é um cano de ferro, colocaram nas suas duas etremidades, varas de madeira, para ter mais comprimento, mas estas varas de madeira, por motivos obvios, vergam, deixando torto qualquer cenário que ali é posto. COMPREM POR FAVOR UM CANO DE FERRO QUE VÁ DE UM CANTO A OUTRO DA SALA POR FAVOR,, SE A PREFEITURA NÃO TEM DINHEIRO FAÇAM UMA VAQUINHA, DEVE SAI COM A COMPRA DO MATERIAL E ISNTALAÇÃO UNS 150-200 REAIS.
Iluminação: Fizemos uma temporada anterior na Álvaro. A sala em maio tinha disponível para a ilminação uns 30 pontos de luz. Agora estamos com uns 24 pontos. ou menos. E temos que dividir estes parcos refletores com o infantil. O fato é que tanto o iluminador do infantil como o nosso iluminador precisa remontar a cada apresentação TODA A LUZ. Eles tem que reorganizar os refletores, reafiná-los, e reprogramar a mesa. No nosso caso no tempo de uma hora. Já que demoramos umas duas horas para montar o cenário depois da desmonatagem do cenário da peça infantil. Um absurdo. Aliás, de onde sai a grana que estamos investindo em alguguel de mais uns pontos extras de luz? Do nosso bolso como sempre.
Infra: É fato que o espetáculos contemporâneos uam e abusam do recurso do vídeo. Hoje em dia, ter um vídeo disponível no teatro é como ter um Cd player. Vídeo, dvd e projetor. Bom, não preciso falar que, se nem os pontos de luz são repostos quando as lâmpadas queimam, como sequr querer que o complexo Renascença- Álvaro Moreyra tenha pelo menos UM PROJETOR DE VÍDEO?????? Heim heim heim? A nossa peça se utiliza de vídeo. E temos que alugá-lo por cento e cinquenta reais o fim de semana. E temso que apresentar a peça no domingo, num hoáio que afugenta as epssoas, as 21 horas, pois simplesmente não tem como montar a peça em menos tempo. E o público reclma do horário tarde já que o centro Municipal de Cultura é uma ilha isolada numa região cheia de maloqueiros, onde os assaltos gritam a todo momento. Argh.
Outro detalhe importante a salientar neste preocesso que é fazer uma unidade de apesentação do espetáculo EXTINÇÃO é que temos que pagar o bilheteiro-operador de vídeo e o iluminador. Dois profissionais essênciais para que ocorra a peça. E temos que pagar o teatro. Tendo ou não tendo público temos que pagar o teatro. Dizem que isso é para forçar os grupos a batalharem por público. HEy, mas temos que batalhar por gran para vídeo, gana para paar nossos técnicos, força do nosso trabalho numa sala que temos que IMPROVISAR TUDO, onde colocar um cenário é uma saga bastante sudorenta e tem que ser repetida TODOS OS DIAS. Acho que esta equeção deve ser repensada. Como pensar em ARTE ou TÉCNICA de representação no meio deste tumulto todo? Como achar espaço para burilar os atores antes da apresentação, durante o aquecimento, se eles estão pendurados em escadas, como usar o espaço para se concentrar se temos que refazer tod a luz. E mais, como manter a energia se depois de tudo isso, prontos e pintados, aquecidos, conectados com o frágil mundo das emoções, aparecem apenas SEIS ESPECTADORES?
Temos também responsablidade sobre isso. Deveríamos ter posto já a duas semanas a chmada na RBS. MAs agora eles cobrtam 150 pila para ter a autorização de uma produtora de vídeo. E não tmeos dinheiro. Mas vamos fazer uma vaquinha e vamos pagar. será quevai ter público? Não sei. TAmbém temos que enteder que deve ser uam aventura sair de casa num domingo às 20 horas da otie para ir ver um espetáculo chamado EXTINÇÃO (eve ser coisa depressiva não é? é MUITO DEPRESSIVO SIM!). Mas foda-se. É opção. Se eu quisesse apenas divertir as pessoas eunão teria investido 7 anos da minha vida em um aprofundamento acadêmico da minha profissão (sim fiz 7 anos de ufrgs, o que corresponde aos meus dois bacharelados, interpretação e direção). Como encontrar sanidade no meio disso para contruir teatro verdadeiro, teatro que responda as minhas necessidades e as da minha equipe, e que esteja conectado com o mundo real, e com o sistema de arte? Como?
Não existe glamour nenhum. Mas exite a crença de que isso, o teatro, é resposta sim, para um monte de coisas, antes de tudo para a gente, que faz.
Resolvemos apresentar paraas seis pessoas. E digo que foi lindo. Os atores brilharam. Foi um presente ver como cada um deles usou sua alma, encheu aquele vazio todo do brilho da sua arte. FOi lindo ver a dignidade ancestral que é, mesmo nestas condições oferecer o MELHOR que temos para o público que nem sempre é generozo. Foi lindo e emocionante. Nos conecta a nós mesmos. O prazer da apresentação luminosa foi um alívio para a aquipe magoada. No final, depois de uma corneta de ervas antigas, desmontamos o cenário rindo e girando, em coencção o os espírios ditirâmbicos. Depois fomos jantar. Só gente com muito coração para comemorar um fracasso, ou azer de um fracasso um ucesso, sucesso de hmanidade, de espírito de grupo e de espírito de artista.
Mas não estamos conformados e não vamos calar a boca. Queremos melhores condições de trabalho. Queremos que as pessoas tmbm nos vejam. Por mais sórdido que seja o público, é pra eles que a gente faz. O Thomas Bernhard falava que odiava os seres humanos, mas que não cosneguia viver sem eles. É o nosso caso. Ou o meu caso, em particular.
quinta-feira, outubro 06, 2005
Isto não é um fotologue. (nem um cachimbo)
"quando eu era pequena eu dormia encolhidinha e a minha mãe, ela se esquecia, se esquecia de esticar as minhas pernas para que eu pudesse crescer"
ta ae a Sissi bombando o EXTINÇÃO, com o Marcos ao fundo. Me orgulho dos meus atores. O Lisandro, a Evelyn, o Marcos, a Sissi e o Rodrigo. Atores e amigos. Artistas de teatro e artistas da arte. Me orgulho também da galera que ajuda o espetáculo, (a Lucia Panitz, o Jô Fontana, o Mateus, o Roger, o Jotapê entre outros tantos). Pessoas que acreditam que arte seja um espaço de respiração neste mar de bosta líquida e perplexidade que a gente vive. Neste mar de falta de sentido.
Pois bem caros leitores. ASSISTAM O ESPETÁCULO, OUVIRAM BEM!!!!! Ele é fruto de muito suor e de um grupo que acredita piamente que o GIRO promovido pelo TEATRO é pelo menos um exercício para UMA VIDA MENOS BOSSAL.
EXTINÇÃO: ATÉ DIA 20 de NOVEMBRO
Sex Sab e DOM, às 21h
na Sala Álvaro Moreyra
ps: a foto é do Jorge C. Bueno.
quarta-feira, outubro 05, 2005
mpalermu celebra o teatro e a vida.
MPALERMU.
Era domingo pela noite, 21 horas, fim do Porto Alegre em Cena. Fui assistei a uma peça italiana que no dia anterior, eu mesmo tendo ingresso, havia desistido por intoxicação teatral. MAs meus amigos viram e medirsseram para ver. E lá fui eu. Eu e o Rodrigo. Pois bem. Palco vazio. Num corredor de luz alguns atores, (uns sete ou oito) em fila, de frente para a platéia um ao lado do outro. Conversam sobre uma saída. um passeio que eles vão dar. Vestem-se, e por uma bobagem, a calça de um é considerada curta pelos outros, começa uma sequencia deliciosa de ações em frenezi. Não sei como explicar a linguagem da peça. Mas vou tentar. Os atores pegam cada "situação dramática" e atravéz do uso do corpo e da manipulação da energia, expandem esta ação ao seu paroxismo. Peguemos como exemplo a cena da calça. Após uma discução verbal sobre se a calça é curta ou não, todos começam a girara em torno do personagem de calças curtas,. e este tira o cinta e fica dando cintadas nos pés dos outros personagens, que pulam e giram. Ou seja, temos uma situação simples de confto, que não esqueçamos, é a base do teatro dramático, e expadem ela para uma imagem hiperbólica, corporalizando no espaço este drama que poderia ser apenas mental.
Apartir disto a tentativa de ida se torna um pretexto para várias situações que variam do cômico ao grotesco total. Eles vão levar doces para alguém. Todos tem doces na mão. Um deles começa a comer os doces desesperadamente, os enfiando na boca, até vomitar. Depos eles tem sede. COmeçar a beber em epquenos copinhos, em fila, até que a imagem se distorce e eles começam a beber desesperadamente, e após, se jogar água e dançar, pelados. Assim a peça vai indo. Sempre começando com conflitos simples que são amplificados pelo jogo corporal, contando uma história aparentemente simplezinha. Gente comum, uma família que vai tentar sair, e que se depara com desejos confitantes também abstante simples: a fome, a sede, a incapacidade de se entrar em um acordo, a diversão. No final após inúmeras andanças, ocorre uma morte, e oe spetáculo finda com os atores deformados pela perplexidade da perda, lembrando a imagem bastante conehcida do "O GRITO" de Munch.
Agora digo que á história é aparentemente simples pois na verdade a encenação na realidade é uma reflexão espetacular do fenômeno do teatro. Se pensarmos que para haver teatro é apenas necessário um espaço vazio, alguém que atravéz das suas ações conta uma história para alguém que a vê e a ouve. Assim temos a aqueção primordial do teatro. um que faz um que assiste num espaço. Além desta equeção abstante simplificada, acabo percebendo que essencialmente o teatro tem em si uma especificidade de estrutura que o aroxima assustadoramente da vida humana. cada apresentação teatral é única, como cada via humana é única, pois como a vida, ela se dá em função do tempo, nunca igual. Como a vida humana o esptáculo nasce, se desenvolve na frente dos olhos dos espctadores e por fim morre, deixando apenas as memórias e as cicatrizes desta troca que houve naqueles precisos e não repetíveis instantes. Como a vida de um homem. E em Mpallermu, segundo a minha visão, a minha conecção com o espetáculo, temos justamente no plano da narrativa esta reflexão sobre o próprio fazer teatral. Sobre o espetáculo em si, sobre o fenômeno teatral. Contando a história de uma família que nasce, se diverte, tem fome, tem sede, se diverte e briga, e morre, o esptáculo elogia a prórpia essência da linguagem dramática. Disseca sua estruturas profundas e as expões com graça e profundidade para o público. Confesso que saí do espetáculo com o peito apertado e ao mesmo tempo feliz, tendo a sensação de ter presenciado uma celebração do teatro como arte única, simples e dilascerante como é estar vivo.
Era domingo pela noite, 21 horas, fim do Porto Alegre em Cena. Fui assistei a uma peça italiana que no dia anterior, eu mesmo tendo ingresso, havia desistido por intoxicação teatral. MAs meus amigos viram e medirsseram para ver. E lá fui eu. Eu e o Rodrigo. Pois bem. Palco vazio. Num corredor de luz alguns atores, (uns sete ou oito) em fila, de frente para a platéia um ao lado do outro. Conversam sobre uma saída. um passeio que eles vão dar. Vestem-se, e por uma bobagem, a calça de um é considerada curta pelos outros, começa uma sequencia deliciosa de ações em frenezi. Não sei como explicar a linguagem da peça. Mas vou tentar. Os atores pegam cada "situação dramática" e atravéz do uso do corpo e da manipulação da energia, expandem esta ação ao seu paroxismo. Peguemos como exemplo a cena da calça. Após uma discução verbal sobre se a calça é curta ou não, todos começam a girara em torno do personagem de calças curtas,. e este tira o cinta e fica dando cintadas nos pés dos outros personagens, que pulam e giram. Ou seja, temos uma situação simples de confto, que não esqueçamos, é a base do teatro dramático, e expadem ela para uma imagem hiperbólica, corporalizando no espaço este drama que poderia ser apenas mental.
Apartir disto a tentativa de ida se torna um pretexto para várias situações que variam do cômico ao grotesco total. Eles vão levar doces para alguém. Todos tem doces na mão. Um deles começa a comer os doces desesperadamente, os enfiando na boca, até vomitar. Depos eles tem sede. COmeçar a beber em epquenos copinhos, em fila, até que a imagem se distorce e eles começam a beber desesperadamente, e após, se jogar água e dançar, pelados. Assim a peça vai indo. Sempre começando com conflitos simples que são amplificados pelo jogo corporal, contando uma história aparentemente simplezinha. Gente comum, uma família que vai tentar sair, e que se depara com desejos confitantes também abstante simples: a fome, a sede, a incapacidade de se entrar em um acordo, a diversão. No final após inúmeras andanças, ocorre uma morte, e oe spetáculo finda com os atores deformados pela perplexidade da perda, lembrando a imagem bastante conehcida do "O GRITO" de Munch.
Agora digo que á história é aparentemente simples pois na verdade a encenação na realidade é uma reflexão espetacular do fenômeno do teatro. Se pensarmos que para haver teatro é apenas necessário um espaço vazio, alguém que atravéz das suas ações conta uma história para alguém que a vê e a ouve. Assim temos a aqueção primordial do teatro. um que faz um que assiste num espaço. Além desta equeção abstante simplificada, acabo percebendo que essencialmente o teatro tem em si uma especificidade de estrutura que o aroxima assustadoramente da vida humana. cada apresentação teatral é única, como cada via humana é única, pois como a vida, ela se dá em função do tempo, nunca igual. Como a vida humana o esptáculo nasce, se desenvolve na frente dos olhos dos espctadores e por fim morre, deixando apenas as memórias e as cicatrizes desta troca que houve naqueles precisos e não repetíveis instantes. Como a vida de um homem. E em Mpallermu, segundo a minha visão, a minha conecção com o espetáculo, temos justamente no plano da narrativa esta reflexão sobre o próprio fazer teatral. Sobre o espetáculo em si, sobre o fenômeno teatral. Contando a história de uma família que nasce, se diverte, tem fome, tem sede, se diverte e briga, e morre, o esptáculo elogia a prórpia essência da linguagem dramática. Disseca sua estruturas profundas e as expões com graça e profundidade para o público. Confesso que saí do espetáculo com o peito apertado e ao mesmo tempo feliz, tendo a sensação de ter presenciado uma celebração do teatro como arte única, simples e dilascerante como é estar vivo.
Assinar:
Postagens (Atom)