quinta-feira, setembro 22, 2005

Uma crítica por email

(o Rodrigo Monteiro me encontrou na saída do Walmor "Um homem Indignado, peça belíssima" e me disse: e ae, te mandei uma crítica sobre oe xtinção faz horas e tu não me falou nada... Eu disse: menino, não recebi, mande novamente. E ele mandou. e eu to postando ela aqui. Viu Rodrigo, desta vez eu li!)

"Cada vez mais eu amo aqueles amam a intensidade. É engraçado como esse amor, essa admiração, tem crescido em mim ano após ano. Talvez, deus me livre!, seja porque eu esteja ficando mais superficial... Eta vidinha...
Ontem fui assistir uma peça de teatro chamada "Extinção, a impossibilidade da morte na mente de alguém vivo". E que show de intensidade... Sabe quando você não consegue se desgrudar das cenas que vai assistindo... É como se você estivesse, ao mesmo tempo, vendo dois filmes muito interessantes em televisões diferentes e lutando arduamente para prestar a atenção nos dois. Eu me vi, várias vezes, refletindo sobre a história contada e a história que conto no dia a dia da vida que vou construindo. Eta vidinha...
Duas atrizes dominam a cena. Dominam a história. Metem-se na nossas reflexões, quase que determinando as coisas por nós. Bedelhudas! Gosto dessas que se jogam no mundo seja ele paralelo ou oficial até porque já não sei mais qual é mundo oficial e qual é o mundo caixa 2. Mas elas se jogam, energia, força, entranhas... Parto com dor mas não pra por pra fora uma vida, mas o contrário: pra ganhá-la, ficar com ela mais um pouco. Eta vidão...
Já conhecia o diretor de outro espetáculo chamado "A Serpente"! Que pessoa odiosa! Questiona, subverte os estereótipos, não retrata, nem mascara... Não copia, nem sugere... Ele impõe a totalidade, a vivência, a realeza (que vem de realidade, de beleza e também de aristocracia) da vida como ela é. Um guri de 27 anos... Baixinho... Meio gago... Magrinho... E inho o bastante pra entrar nos buraquinhos dos poros do ser humano que lhe cruza e se achar no meio, na essência, no cerne. Abusado! Taí o dinossauro que construiu... Nós... O ser humano... Em extinção... Eta vida morta!
Cada cena da vida é inteira... Estamos em extinção. É um fato... Os jornais mostram. E não me venha com esse papo de valores sociais... Me venha, se quer mesmo vir, com a repercussão dos valores vivenciais. Daqueles conceitos que nasceram da experiência... A visão de um pássaro que voa no céu. As idéias que surgem de um poema de Adélia Prado ou Florbela Espanca. Os suspiros de pôr de sol colorido e o assobio de um vento a beira mar, beira rio, beira qualquer coisa... Estamos na beira. Eta margem!
Se a vida é um rio, a morte é a margem? Por que corremos para a margem e não para o centro do rio ou do mar? Por que permitimos que as ondas nos ajudem se elas nos levam justamente para a areia... O que tem mais vida? A areia ou a água salgada?
Há pessoas que cruzam as correntes. O João Ricardo, diretor, é uma delas. A Evelyn é outra. Também a Sissi e os demais... Não os são aqueles que não trocam... Porque, sim, nessa e em outras histórias há aqueles que tem mas não trocam... Eta vida egoísta.
Coisa mais ruim ver algo em cuja cena não há troca. É bonito. É técnico. Como a peça que vi no domingo e nem vou dizer o título... A energia da vida nasce de duas pessoas. A vida está na junção. Pois um ator joga o fio e o outro segura. E assim vou descobrindo a beleza do que vivo agora... Trocando... Brigando... Aos gritos... Mas gritos ouvidos, sorrisos ouvidos, cobertor trocado, preces respondidas por um Deus ao meu lado.
"Extinção" é um ótimo espetáculo e deve ser visto. E que deve ser comentado. Tudo isso para que haja a possibilidade da vida na mente de uma sociedade cambaleante e moribunda. Uma raça que se ajoelha para beber uísque e anda de cuecas em meio ao frio cortante. Eta tudo... "

Bom espetáculo!

Rodrigo Monteiro São Leopoldo, 12 de maio de 2005

sábado, setembro 17, 2005

Endstion America é um alívio!


Finalmente, depois de uma semana de POA em CENA, vi algo que realmente me enlevou meu espírito, encheu meus os olhos e me pôs para pensar. Uma peça ótima. Não tenho medo algum de começar de maneira hiperimpressionista: gostei pra caralho. adorei. Eu to falando de "Endstation America" peça do Volksbhune, teatro estatal alemão, dirigida por Frank Castorf.
O espetáculo se insere na nova "onda" do teatro contemporâneo em reler textos clásicos. A peça se apóia dramaturgicamente em cima de "Um bonde Chamado Desejo" do Tenesse Williams. Agora, Tenesse está longe de ser um clássico, consideramos clássicos apenas os gregos, certo? Mas tá, vamos dar uma flexibilizada no termo, é clássico "um bonde" por ser um grande texto contemporâneo, apenas isso. Virou filme com MAron Brando, estas coisas que agregam valor a uma obra. Um bonde também é um retrato de uma américa do norte que se encontra desenraizada, anaxada a uma cultura de escravista e quase feudal que o novo capitalismo suplantou. Mas enfim.
Vou falar um pouco da encenação. primeiramente temos um espaço bastante limpo, um apartamento com cozinha, um banheiro que stá isolado dor esto da área de interpretação mas que tem seu iterior visível através de uma televisão que continuamente msotra o que está acontecendo dentro dele. E uma cama de casal num canto. O cenário lembra um pouco o clima estranho que a direção de arte dos filmes do David Linch tem. Ele é em parte forrado com madeira de pinho bem aparente, vulgar, e tem ao lado da porta central um daqueles dadrinhos de crianças tristes (aqueles que se tu olhar por um espelho a meia noite tu ve um demônio), puro beboche. tdo este cenarião é suntentando por motores provavelmente hidráulicos, e em momentos chave da peça o cenário simpelsmente se ergue totalmente, virando tudo de cabeça pro ar. Literalmente.
Neste espaço super despojado os atores contam da sua maneira muito prórpia a história do "Um Bonde". O diretor parte do princípio que todo mundo conehce a história. A irmã mais velha, rica-falida vai morar no aprtamentinho d airmã suburbana e acaba sueduzindo-sendo seduzida pelo marido da irmã, um bronco total. No final ele fica louca, bêbada e se descobre que o apssado dela esconde diabrurars tais como se prostituir para um batalhão inteiro de milicos e seduzir seus aluninhos do colégio. Ela si de cena carregada por médicos e diz a famaso frase "eu sempre dependi da bondade alheia". ams isso não interessa para o diretor. O que interessa o CArstoff? om, acho que interessam várias coisas, a peça abrange muitos níves de leitura. eu posso começar dizendo que vi uma crítca clara sobre o modo de vida nortamericano. um país de imigrantes (lembrem-se que o núcleo de personagens da peça do tenesse é de imigrantes, e descendentes de imigrantes, poloneses, franceses) que perdem sua cultura original e são abarcados pela cultura de massa e de consumo que rege os EUA. para exemplificar isso comento um momento da peça. Depois de Blanche falar para a Stella que seu marido, o Stanley Kowalski, é um macaco, um símio descontrolado, um bruto, um animal. Após isso a porta se abre e entra um ator fantasiado de gorila em cena, segurando um caixa de chicletes gigante. É o Stanley, eles agem como se nada tivesse acontecendod e errado. O efeito é MUITO cômico. E Stanley fantasiado de macaco assumo o discurso absurdo da situação e conta que estava fazendo a gravaçãod e um comercial de chiclete, mas que "a girafa" ficava sempre na frente dele, e que ai nãio ficou legal" Ai ele começa a cantar uma música tradicional polonesa, e no meio dela, troca alguns versos para coisas como "compre o chilcé tal... é refrecascante, faz bem pro hálito, etc etc etc". Acho que fica clara a brincadeira do diretor com um: o texto da peça. Do discurso metafórico de Blanche (a animalidade de Stanley) para sua concretização ao pé da letra em cena. (ele vestido de macaco). A canção tradiconal que ele canta sendo transformada em uma jingle de venda de chicletes, o que mostra bem o processo de "aculturaçao" que estes personagens estão sofrendo. Perdendo raízes.
Outro plano possível de leitura e que se agrega bem à crítca aos EUA é a descontrução de linguagem que oa atores e o diretor fazem do Realismo. PAra tanto a encenação pesca os clichês mais infames relacionados ao realismo e a estética do Tenesse Williams, pesca estes clichês e os retrabalha através de expedientes como repetição ou hipérbole, fazendo com que els pecam o sentido, e sejam sntrumento de reflexão sobre lignuagem e sobre o texto. Exemplifico: Stela sofre violência de Stanley, ele a pega como uma boneca e num ritos exual grosseiros a abusa. Ela, jogada no chão, se arrasta pelas paredes. Issoé m clichê de situação realista, se arrastar no hção depois de uam cena de violência. Só que todos os outros personagens começar a se arrastar pelas paredes junto a ela. Ouseja, pela repeiçãod a marca o diretor esvazia o sentido mais "dramático" que ela poderia ter fazendo com que fique cômica, dandoe spaço parao públicor refletir sobre a liguagem que o relaismo se utiliza. Ou que o teatro aprendeu a usar quando lidando com estes textos. E este expedianete o diretor usa em vários momentos. Sempre criando humor e esvaziando a carga dramática.
Um outro plano a ser refletido é a multimídia queé usada com uma elegância ímpar. A tv semrpe transitindo as cenas que ocorrem dentro do banheiro. É ótimo, os persionagens aceitam que a televisão seja umc anal de comunicação e contracenam através da tela. Um olhando e outros no banehiro. A imagem do banheiro visto de dentro pela câmera lembra muito as tomadas do infame programa de televisão Big Brother. Depois mais pro final da peça eles retiram a câmera de dentro do banehiro. Stella está quese ganhando bebê, Stanley afila dando seus textos, filma a Blanche no momento onde ela recebe a passagem de ônibus para sair fora de uma vez portodoas, e no meio do discuro raivoso de Blanche, Stanley a dirige, "Calma, você está fora de quadro". Interessante isso. Dá margem para pesarmos sobre o papel da imagem hoje, sua relação com a vid real e com a ficção. Ja não se vive mais, se vive para ser msotrado, os 15 minutos de fama propagados por Warhol são agora uam realidade.
E por falar em Warhol, o diretor se apoia claramente sorbe as idéias do ícone POP. Em umd ado momento da peça os personagens debatem sobre a cantora NICO, ex amante do Lou Reed e produto de Warhol. Nãosód ebatem como o warhol aparece na televisão, em um documentário sobre a POP art. A história de Nico, que é contada na peça tmbm é um veio de leitura muito interessante e fala sobre aculturação. Os personagens contam que Nico era uma cantora alemã que foi pros States e lá se enamorou do Lou reed, e ele a destruiu. A velha história do imigrante. Como Stanley é. Etc.
Mas o apelo a POP ART não para ai. E proprio da pop usar subprodutos da cultura de consumo para jstamente atacar esta mesma cultura. Lembremos da sopas campbell de Warhol. Na peça temos o chiclé gigante que lembra as muito a instalação de caixas de sabão do Warhol, BRILLO. Na cena do poker os eprsonagens imitam uma boyband e cantam Britney spears em cora. Hilário. E pós-moderno. e POP. Além disso o diretor cita filmes como Psicose. Na cena onde Mitch flerta com a Blanche entra derrepente em cena uma cadeira de rodas com um esqueleto vestido de velha. Blanche está no banheiro e Miche começa a ter um diálogo consigo emsmoafzendo o papel de si e da mãe morta. Ele pega uma faca gigante e va parao banheiro. Depois da cena aida ironiza a própria encenação: "com todos estes probelmas de família ainda enchemos a peça de citações". Ai como é bom o deboche inteligente.
Acabo estes pequenos e confusos escritos falando que o trabalho dos atores é fantástico. São verdadeiro clowns, tiram sarro de tudo, puxam o tapete uns dos outros, e exploram seus corpos e vozes de maneira muito linda. Estão se divertindo em cena e compartilhandoe seta diversão a todo tempo com o público. Vndo a peça se tem a certeza que ela não fo construída pro um diretor autoritário e que chegou com idéias pr[é-concebidas. Vê-se pela fartura das situações ciorporais queali teve muito laboratório, muita descoberta. Vê-se que a peça é frutode atores em pagos e bem alimentados, gente inteligente e que ganha bem para se desenvolvber como profissional e artista. Coisa que só ocorre mesmo nos países "desenvolvidos" (que trash esta palavra, mas eles ganahr grana para trablahr e nós não)). Nós aqui da Terra Brasilis temos que batalhar a grana em mil fontes ao mesmo tempo, produzir com o mínimo necessário e não podemos nos dedicar com tanto furor e tempo à contrução dos nossos espetáculos. raramente temos tempo de "pesquisar linguagem" Ninguém paga ensaio, inguém pagapesquisa. É uma pena. Mas tmbm é ume estímulo a bucarmos formas cada vez mais eficases de patrocínio. Formas que possibilitem pensar o teatro não apenas como contrução de espetáculos, mas de espaço para investigação de lignuagem. temos que encontar espaço para que aqui, mesmo sem apoio estatal intenso, possamos contruir um teatro vivo e em pleno diálogo com o mundo e com a contemporaneiadade em termos de arte.

quinta-feira, setembro 15, 2005

Pau no Eduardo II (que trocadalho do carilho, heim?)


O Eduardo 2º foi escrito pelo MArlowe, autor inglês contemporâneo do Shakespeare, mas que, segundo consta, tinha um pé no bafão fortíssimo, vivia bebendo e devendo grana, brigando em tabernas nojentas e acabou sua rápida e fulminante vida com uma facada no olho. Dizem por aí que ele morreu por que devia m dinheiro, mas tmbm se especula que ele foi vítima de um golpe meio político, já que era persona non grata, acusado de ser gay, ateu e estas coisas que incomodam quem acha que é "normal". Poisé, imaginem o texto do cara, simplesmente é a história (baseada em fatos reias, sim aconteceu, shakespeare e esta galera adoravam escrever dramas apartir da memória histórica) de um rei inglês que depois de uma certa idade, já casado e com poder consolidado, rasga a seda e assume sua paixão por um "filho de um açougueiro" o jovem Gaveston. Assume para todo mundo. Ai as coisas vem abaixo, a corte se sente humilhada, pois além de ele estar com um macho ainda não sabe lutar bem na guerra que ta rolando. A rainha perde o rebolado e se junta com um Conde, o Mortimer, e juntos armam, apoiados pelo clero, a morte do amante de Eduardo. Matam e depois prendem o Rei e tentam uma "caçassão" voluntária. Mas o Eduardo não arreda o pé e não cede a coroa. Dai como era de se esperar, matam o sodomita. Na peça matam enforcado, na realidade "Although it was later rumoured that he had been killed by the insertion of a piece of copper into his anus (later a red-hot iron rod, as in the supposed murder of Edmund Ironside), the news of his death was in fact falsified, and the ex-king transferred to Corfe Castle in Dorset, and still later to Ireland, where he remained in custody until Mortimer's fall in 1330. He probably died overseas in 1341. " Ou seja, dizem que morreu com um ferro em brasa metido no cu. Para quem não sabe vale relembrar que:

do Lat. sodomitas. 2 gén., pessoa que pratica a sodomia.
de Sodoma, top.s. f., acto sexual que envolve relações anais, entre um homem e uma mulher ou entre homossexuais masculinos.

Um pouco de cultura não é? Mas voltando ao sodomita, digo, ao rei Eduardo II. Comecei a falar dele e do autor para falar sorbe a peça que vi no POA em CENA. Sendo sincero, teatrão é elogio frente ao que vi nos palcos do teatro Renascença.
A direção do espanhol Etelvino VAzquez é primária. Em um cenário que poderia ser interessante, uma área quadrada no meio de cena, demarcada com um carpete vermelho, e circundada de 4 pedestais que lembram velas de um navio. E no fundo, no lugar da rotunda, cilindros de madeira que fazem quase o papel de uma cerca, ou grade. Só isso. E um obelisco de madeira que fica meio escondido e meio aparecendo na direita alta do palco. Acessório que não entendi se estava dentro ou fora de cena. Neste cenário, com a ajuda ainda de dois bancos que jamais saem do lugar, o VAzquez conta a história do MArlowe de maneira acadêmica no pior sentido da palavra. Sua marcações resumem-se a entradas e saídas de cena. Não existe preocupação com o gestual, quando exite diálogo um personagem fica em frente ao outro, ou sobre um um dos bancos formando uma "imagem" estática da cena, que só se desmancha com a saída de um dos personagens. Sem inventividade alguma.
Os atores davam o texto de forma gradiloquente, falsamente emocionada, over, esquecendo-se do lugar comum que diz "o ator não precisa necessariamente se emocionar, tem é que fazer com que o público se emocione". Mas como vou me emocionar, como público, se vejo os atores apresentando seus personagens de forma caricatural? Risadas de diafraga, como lembrou, a Lu Kunst, choro técnico, voz modulada artificialmente, tensões extras no corpo dos atores (a rainha além de ter uma chuquinha trash no cabelo, levanta os ombros para dar o texto, aliado a um vestido vermelhão de veludo com um detalhe de ombros tomara-que-caia com um tecido que lembrava o efeito de uma meia arrastão: uma figura dantesca), artificialidade, falta de vida, falta de entendimento das dimensões expressivas do corpo e do espaço. Como posso expressar minhas sensações vendo o espetáculo em palavras?
Outra "cereja no bolo" foi o rei Eduardo se "desmunhecando" no começo da peça. Como assim? Quer dizer que para msotrar um gaypara a platéia o diretor tem que usar de recursos que beiram a linha de programas de humor baixos como os fartamente apresentados pela televisão?Chato de ver. Depois de uns 20 minutos de peça e já estava sendo contaminado pelo espírito do sono. Morpheus soprava seu pozinhos nos meus olhos enquando os atores DECLAMAVAM o texto de Marlowe. Não dormi por esforço tremendo. O que era para ser uma história envolvente e super atual, se transformou num amontoado de clichês que beirou o insuportável.
Para arrematar, o cenário não funcionou em uma hora que os personagens erguiam um cortina de tule preto no fundo do teatro que, deus, não sei para que servia. Então a cortina ficou pendurada meia boca depois de o cenário ter quase despencado. E atravancando os atores que tinham a marca de passar por trás dela e volta ao meio da cena. Feio. Muito feio.E como a sensação de cansasso foi se alastrando e os bocejos na platéia amentando conforme a peça se estendia nos seus mais de uma hora e meia de duração, comecei a ficar atendo nos descuidos da produção, figurinos caretésimos, de mau gosto, com uma abordagem caricaturesca também, linahs grossas tecidos grossos, lembrando teatro fetiches de teatro infantil. Deixaram tambpem a porta do camarim aberta e com a luz ligada que vazava em cena e dava para ver os atores saindo e entrando. Black-outs desnecessários e frequentes, etc etc etc...Bom, poderia ficar mais horas e horas desfiando um rosário interminável que coisas que me incomodaram na peça.
Mas o que mais incomoda é tirarem toda a dimensão crítica de um texto tão cheio de qualidades, um texto que fala de um mundo hostil para com as diferenças (sociais, afetivas, etnicas, religiosas), o montando de forma tão convencional... ou pior, descuidada. Marlowe, com sua fúria de enfant-terrible, se visse a esta montagem, ia jogar frutas e verduras podres no palco, como faziam os espectadores da sua época.

terça-feira, setembro 13, 2005

"Las Putas de Mierda" botam dedinho no cu da cultura de consumo




Sex segun Mae West é um texto do dramaturgo alemão René Pollesch, um agitador da cena alemã contemporânea. Pollesch diz que não quer suas peças sejam impressas, elas foram pensadas e escritas para serem ditas, e ditas um uma mis-en scene que ele mesmo desenvolve como diretor. Esta "forma" de dizer segundo os críticos e segundo o que eu mesmo puder conferir na direção de Luis Ureta, diretor chileno, que me pareceu seguir fielmente as indicações e meios que Pollesch usa em suas peças. A multimídia como sustentação do jogo cênico: videos que dialogam com a peça. Microfones. E techno bem alto. E uma interpretação seca, sem subtextos, os personagens falam o que pensam, e falam na cara, sem metáforas, aos gritos. A peça através destes multi-meios alcança um status de performance, desdramatizando e nos fazendo assimilar as questões do texto pela imagem, pelo som e seus intensidades, pela música e pela luz, como num videoclipe. Uma sequencia ótima é quando uma atriz, a MAria, dá um texto com a cabeça dentro de um vaso sanitário, e temos o pondo de vista o próprio sanitário visto no telão, como nas já clásicas sequencias de Kill bil 2 onde A noiva enfia a cabeça de elle Driver na patente, ou em Sin City , onde ocorre a mesmísima coisa. Mais pop impossível.
Trocando em miúdos, o texto se articula como uma palestra, uma palestra onde três mulhers conversam entre si e com o público sobre o papel da economia nas relações de afeto. Como refletir sobre afeto em um mundo regido pela economia? Aliás, como "amar" neste mundo? Assim elas assumem o papel de "putas de mierda", e refletem que a comercialisação do sexo é uma saída segura, não tão segurapois ao fazer a trasnação financeira, elas percebem que também estão comecrializando seus interiores, seus desejos e necessidades. Percebem um mundo de machos, e Mae Wet como símbolo do feminino "masculinizado" que domina o macho, e o vence atravéz do sexo e da postura ativa. A fêmea matadora, a amazona. A mulher que domina transformando seus sentimentos e se corpo em mercadoria. O mundo como um bordél.
Mas conversar não seria a palavra exata, elas travam uma batalha de gritos e sussurros, de momentos de histeria descontrolada a momentos de pianíssimo. E isso não é exatamente uma invenção do encenador, nos textos de Pollesch existe as indicações da estruturação do texto em uma forma que surege a quebra da curva dramática tradicional, aquela que parte da baixa tensão até atingir o clímax. Não, o texto é feito de blocos de informação ditos em níves de tensão variados, como se fossem "clipes" de sentido e reflexão obssessiva. Não seguem uma lógica dramática e sim uma lógica associativa e performática. Os sentidos do texo agregam-se à forma com que ele é dito, com o nível de intensidade com que é dito, como se fosse música.
As atrizes Roxana Naranjo, María Paz Grandjean E Tatiana Molina estão muito bem, e lembram muito o nível over e engraçado das atuações mais cômicas das atrizes nos filmes do Almodovar da fase mais Kitsch. A Maria dá um showzinho à parte, elas tem uma figura muito bonita em cena, mas não a beleza vulgar das fêmeas televisivas, ela dá ares de Rossi de Palma, e tem um domínio da intensidade como nenhuma daso utras colegas consegue ter. No que, nas outras atrizes eu vejo como marcas bem feitas, o corte um uma mesma fala dita de forma cotidiana com uma palavra gritada no meio por exemplo, ela cosnegue de forma extremamente natural e convicente. Ela, além de tudo, tem um tempo de comédia ótimo, aproveita a bela cara que deus deu e sempre comenta com expressões que variam do nojo, a surpresa, a ingenuidade, sempre mantendo uma personagem que parece estar chapada. Chapada de consumo, chapada de informação. E este quase estado de "transe" em que ela está é o que talvêz dê mais brilho a sua atuação.
A peça acaba com uma reflexão sobre que talvez este "comercialismo", mais focado no papel do EUA em relação ao resto do mundo, o papeldeste país que podemos considerar o "pai" das soluções financeiras para questões morais, éticas e afetivas. Poisé elas acabam associando esta forma de encarar o mundo com a onda de terrorismo em que vivemos. Aliás, pensar na palavra PAI é extremamente significativo vendo pois que no fundo é um poder PATRIARCAL que os EUA exercem sobre o mundo, o macrocosmo, e que os machos exercem sobre as fêmeas. Mas bumerangue sempre volta. E quando as atrizes dão seu texto final, revelando que no fundo querem e ser amadas mesmo, e querem assumm toda a fragilidade que o ato da troca afetiva traz, é mostrado no vídeo as imagens daquele foguete que a nasa lançou e estourou no ar matando todos o astronautas. Homnes dependem de mulheres, homens dependem de homens e mulheres de mulheres. Seres humanos dependem de seres humanos. E o foguete estoura como um gozo invertido, uma lembrança amarga de que a tecnologia, o desenvolvimento econômico, a mídia de massa e seus esteriótipos de homens e mulheres, que a lógica do consumo guardam em si um lado ameaçador e absurdamente desumano. Um presente e um futuro que apenas agride o ser humano, um ser que é em essência, afetivo.
O cara da foto é o dramaturgo alemão. Sério, muito sério. :)

sexta-feira, setembro 09, 2005

Roberto Zucco na UFRGS



É bom ver quendo um diretor, um aluno diretor criando carne e reflexão sobre a matéria teatral. E a gente vê isso acompanhando o trabalho do cara, percebendo como ele reflete sobre o espaço, como ele lida com as dificuldades oferecidas pelos textos que ele monta, como ele trabalha com os atores, como tempo, ritmo e emoção são desenvolvidos nas cenas. Pois bem, vi ontem Roberto Zucco, texto de Bernard Marie Coltès com direção de Felipe Vieira, trabalho do Departamento de Arte Dramática da UFRGS e posso dizer, o Felipe cada vez mais ta criando carne e pensamento sobre teatro, matéria de pôr-em-cena "mis-en-scene".
Seu trabalho anterior "Dois Perdidos numa noite suja", texto de plínio Marcos foi muito interesante, Felipe se concentrou na cosntrução de personagens fortes, de atores sabendo o que estavam afzendo e dizendo e por isso, muito à vontade em cena. A peça era recheada de violência física e psiquica, coisa difícel de se fazer em cena com organicidade, e sim, era orgânico. Ponto contra eram as marcas, muitas vezes simples demais, não sei se foi falta de reflexão sobre a relação das tensões que o drama cria em função ao uso do corpo-espaço, ou se felipe resolveu apostar mais no sangue que em uma direção mais cerebrina, mas muitas vezes nós só tínhamos os personagens naquela espaço circular, uma verdadeira arena de galos de rinha, se embatendo sem mais relações espaciais diferentes que pudessem iluminar para o espectador o que está acontecendo ali em termos de conflito dos eprsonagens. Mas contudo a peça falava, e falava bem.
Roberto Zucco, na minha modesta opinião, é um avanço em termos de entendimento das capacidades infinitas e mágicas que o palco nú é capaz de trazer. Percebendo a fragamentação espacial e temporal que o texto de Coltes oferece, Felipe optou por um palco vazio, delimitado na rotunda com uma grande cerca de arame. Metáfora da peça: o homem preso que se rebela. Um prisioneiro que sempre escapa, que mata mãe e pai e mata que vier pela frente, mata oq ue geralemnte nos mata, a repressão familiar, a repressão doe stado e a repressão social. E que no final e presonovamente e escapa, só que desta vez buscando o sol.
Coltez tece um texto lindo: quem é que está preso? nós seres conuns? ou Zucco, que busca o sonho "as montanhas geladas da áfrica, ou o sexo do sol". Poisé, Felipe entende esta reflexão e constroi espacialmente e corporalemnte esta metáfora que, estando apenas no reino das palavras é conceito. Mas teatro não é conceito, é materialidade, sonho compartilhado, é carnatura.
As marcas são muito eficientes, revelam as tensões dos personagens, sugerem os espaços que se alteram cena a cena, sem o uso de artifícios banais, uma luz bem colocada e os corpos dos atores, pra mim isso basta, e é isso que temos em cena, com a tulilização esporádica de uns bancos, uma mesa e uma cadeira. Só.
Agora o grande pecado da peça é o trabalho de energia e entendimentodo texto por parte dos atores. Sinceramente a maioria do elenco está no nível apenas médio. Digo em termos do "estar em cena", falta energia, foco para esta energia, texto justificado por um entendimento profundo e visceral. O ator que faz o protagonista, MAico,parece não saber oq ue está dizendo em muitos momentos, e me mostra um Zucco frágil, não senhores, Zucco não é frágil, Zucco é uma besta assassina em busca de liberdade, Zucco é um homem que transpira testosterona por todos os poros, um matador alucinado. Mas em cena só vejo o ator, tentando, mas sem me convencer, vejo o garoto-ator, não o homem personagem. Será que falta um entendimento maior do que significa estar PERPLEXO frente à realidade? Não sei, o ator não precisa passar pelo que o pesonagem passa, mas precisa ativas as energias em si que sejam análogas as do personagem. E isso falta em quase todos. Entendimento do texto e a corporificação e energisação do quee stá sendo dito-vivido. Felipe deveria se concentrar um pouco mais neste trabalho de visceralidade.
Mas em termos de interpretações temos duas belas supresa, MAriana Montovani e A Fernanda Mandagará que respectivamente fazer a irmã meio lésbica e a senhora chique. Porra, A Montovani sacou a "sapatice" introjetada da irmã e investiu não em um esteriótipo masculino, não, ele vai numa energia contida e dura, talvez estas sejam aa palavras: dureza e força. O monólogo que ela dá sobre o cheiro dos homens é bem bonito, percebemos a curva dramática claramente, é cheio de entrega, vindo das tripas. Já a fernanda constrói uma senhora elegante muito engraçda, que passa do total despreso por tudo e todos ao desespero e uma libido à flor da pele. A cena onde ela xinga as pessoas que a tentam salvar numa estação de trem é impagável, e seu pequeno bife onde ela reflete sobre a posse do sangue do filho tmbm é um momento delicioso de ver.
Como Zucco mata a família, um guarda e o filho da socialite, nós criadores de teatro temos que astar sempre nos matando, matando velhas formas para que possamos renascer a cada trabalho dando continuidade a este ofício, esta tradição que é quase um sacerdócio.
Parabens para a equipe e parabéns ao diretor, um bom espetáculo, inteligente e íntegro.
ahh a foto é do Coltes, gato não? Ams tire o cavlod a chuva pois ele morreu faz uns anos, no final dos 80, vitimado pelo HIV, merda né?

quinta-feira, setembro 08, 2005

POA em CENA em Poucas Palavras


Em tempos de poucas palavras, onde os pensamentos são obscuros o bastante para terem vergonha de vir à luz pública, uma lista é o que há de mais confortável para ser escrito. Esta é a relação de espetáculos que irei ver durante o 12º POA em CENA. Vou dizer que não estou realmente entusiasmado com nenhuma destas peças, já que as peças que eu realemnte gostaria de ver, não vieram por motivos que fogem a minha pequena e obtusa compreensão. Por mais esforços que os meus amgios tenham tido, administrar um mamute como este festival é uma tarefa duríssima.. Ainda mais numa administração (SIM, a do FOGAÇA) que não paga seus trabalhadores (dou aula pela prefeitura e não ganha um centavo já vai afzer dois meses). Ia vir o Felipe Hirsch, que considero com uma dos maiores encenadores brasileiros, com Av. Dropsie, não veio. Ia vir o Antunes com a sua Antígona ultra experimental. Não veio. IA vir o Zé Celso com "Os Sertões" versão completa com mais de 8 horas de peça, vai vir mais tarde. IA vir o Pólvora e Poesia, mas a Globo não deixou o mancebo viajar. Enfim.
Agora, do que vem, os que mais me despertam a curiosidade são os segintes: "Com o Casaco da sua Própria Pele" do MArcelo Gabriel, que é uma bixa louca performer que sempre tem algo a dizer, e das formas mais ácidas e impactantes possíveis. "Quero ser gilberto Gawronski" tmbm me dá curiosidade pois a bixa eé louca, totalmente fora da casinha e dirigiu a alguns POA EM CENA atrás uma padaptação pop de Nelson Rodrigues, com a Cia. dos Atores, que me gradou muito. "Endstation America" é do Volksbuhne, grupo estatal alemão que já veio a POA com o irretocável "MURX". E para fechar vou também com bastante curiosidade ver "REGURGITOFAGIA", um monólogo onde o performer é ligado a uma máquina que dá choques nele conforme as reações sonoras da platéia frente a sua atuação e seu texto. É metáfora f´sica desta relação muitas vezes absurdae sempre essencial que á do ator- público.
Pra quem acompanha meu blogue, tentarei fornecer comentários com ponta de aço, prontos para perfurar o alvo do entendimento, ou da falta dele. Aqui está a minha programação:
09/09
Os Negros - Theatro São Pedro
10/09
2x Pinter - Teatro Carmem Silva
11/09
Sex Segun Mae West - Teatro Álvaro MoreyraTom Zé - Reitoria
12/09
Canibales
13/09
Com o casaco da sua pp pele 23h - Teatro Álvaro MoreyraEduardo II - Teatro Renascença
14/09
Quero ser Gilberto Gawronski
15/09
Dias Felizes
16/09
Endstation Amerika
17/09
Srta de Tacna
18/09
Verissimilitude
20/09
Um Homem Indignado
21/09
Desassossego
22/09
Num Rastro de Luz
23/09
Licurgo, Olhos de Cão
Regurgitofagia
24/09
M Palermu
25/09
Dorotéia Minha

PS: voltei a ouvir Antony and the Johnsons, encaixa bem com minha vibe atual.

quarta-feira, setembro 07, 2005

POSTER



























t ae o cartaz do filme meu e do Edu. Ai, o amor em tempos de trashismo!

MSN é CONTRACULTURA

enquanto isso no meu MSN, eu e Marle trocávamos alguma figurinhas sobre a programação do Porto Alegre em CENA:


Sakamoto FUYUMI diz:
o provocador tmbm acho que pode ser legal
com o abujamra
mari diz:
coloquei na minha listinha todos relacionados com literatura, mesmo sabendo que esta coisa biografica pode ser o horror
Sakamoto FUYUMI diz:
auuhauha
mari diz:
ah, mas eu nem curto abujamra
Sakamoto FUYUMI diz:
o pólvora e poesia num vem
mari diz:
acho ele um falso intelectual e falso vanguardista
mari diz:
baita mangola
Sakamoto FUYUMI diz:
a globo naum deixouo ator sair para vir fazer
mari diz:
hahahaha
Sakamoto FUYUMI diz:
mangola
Sakamoto FUYUMI diz:
uhauhauhauhauha
mari diz:
mesmo?
Sakamoto FUYUMI diz:
ahan, foi cancelado, baita uoh né
mari diz:
a globo está num embate contra o teatro, que loucura
mari diz:
quando formos pra globo tudo vai mudar, hshshshshs
mari diz:
ao menos nós vamos, hahahahaha
mari diz:
mas, ein, johny, acho que nosso novo sonho deveria ser ir pra globo, fazer fortuna na metropole
hahahaha
dizSakamoto FUYUMI :
auhuhauauhauhauhauhauh
Sakamoto FUYUMI diz:
a globo
eu tenho NOJO da globo
e tenho NOJO daqueles caras que se acham atores
eu tenho NOJO
mari diz:
eu também tenho, mas sonho escrever DRAMATURGIA TELEVISIVA, hshshshsh
e ganhar salario de embaixador, hshshshs
Sakamoto FUYUMI diz:
NOJO daqueles garanhões de araque, daquelas galinhas oxigenadas, daquele poder instituído à força e não democrático
NOJO
mari diz:
ai, para. me senti em 98, hahahahahahaha

sexta-feira, setembro 02, 2005

Se a morte vem



O novo filme de George Romero trás os ingredientes fundamentais para se fazer um bom filme de terror: personagens interessantes, uma situação limite, e doses cavalares de gore.
Gosto do produto atrtístico que fala de uma coisa para falar de outro. O novo filme de Gerge Romero, TERRA DOS MORTOS é um bom exemplo. É um filme de terror por excelência. Acompanhamos a saga de alguns personagens sitiados em uma grande cidade, sitiados por mares de zumbis que estão à solta pelo mundo inteiro. Temos sangue em doses macissas, eplosões de cabeças e membros putrefatos, vermes, tripas sendo comida e ossos sendo chupados. O mundo da grotelândia se msotra por completo a ponte de eu me retorcer nas confortáveis poltronas do Arteplex. Temos sustos e supreses, mas iso qualquer bom filme de terror proporciona. MAs Romero vai mais longe. Ele tece uma metáfora da situação social atual, focada principalmente no papel dos EUA como "donos do mundo" pelo menos é isso que eles acham.
Vou destrinchar esta idéia: esta última cidade citiada, refúgio dos homens que aind anão sucumbiram a fúria da morte, é administrada por um todo poderoso sem escrúpolu algum, o Sr. K. Ela e toda uma gente rica vivem em um grande prédio, uma torre (torre, tão ligados?) no centro da cidade, daquelas torres que tem shopping center anexado, farmácia, e supermercado. Quem mora lá mora bem, tem proteção de guadas armados e uma vida que emula a vda livre ates da epidemia dos mortos. Gente rica que não vê sujeira e não vê morte. COmo nos nossos condominios de luxo, onde se pode passar ma vida inteira sem saber o que ta rolando no mundo "real".
Ao redor desta torre está a cidade propriamente dita, uma cidade de destroços, mas o povo vive e se diverte. Tudo parace com uam grande feira latina, as crinças brincam nos destroços,as pessoas aind atrabalham, tentam viver.
Para manter a cidade fucnionando, pessoas desinadas pelo Sr. K sae dos limites seguros e vão atacar cidades vizinhas, cidades dos mortos, para pegar comida, bebida e do mas que for útil. Para isso eles saem com um caminã imenso, totalmente equipado com mísseis e metralhadoras, é este grande caminhão "o matador" que é a chave da segunrça da cidade e sua mão forte em termosde ataque aos mortos. Poisé. Mas depois de servir três anos ao Sr. K, Chollo, um capanga mexicano decide que está na hora de ter o seu espaço na torre, e emsmo bajulando o todo poderso, não consegue, além de ser vitimado por um ataque do mesmo, que considera as pessoas "substituíveis". Enfurecido Chollo sequestra o "matador" sai da cidade e aponta seus misseis para a torre. Isso não lembra uma certa situação que se passou em um fatídico 11 de setembro? Claro, mas simplificado pela metáfora. Em suma Romero cria um microcosmo ficcional que tenta dar conta do que seria a sociedade ataual: ricos e pobres sim estão em confronto e é deste co fronto que surgem anomalias como o terrorismo. agora esta tensão é colocada frente a uma outra tensão, a MOrte, simbolizada pelos zumbis, lentos e nojentos, mas que vançam firmes e acabam tomando conta da cidade. A exploração, mostra Romero, se torna inda mais a bsurda frente à morte, que avança em passos lentos e firmes, tendo a certeza da vitória final.
Um belo filme.