quarta-feira, agosto 17, 2005

IN THE POOL


In the pool. Ele percorre ruas de fim de tarde, rapidamente. E alguém que ele não se vê o rosto, não vê nada.
- custa 14 pila e fica na zona norte, tem michês maravilhosos lá.
Ele responde à sombra:
- tudo bem, to louco pra ir na real, mas quanto aos michês, vou de masoquista, michês são tudo o que eu queria, em termos de beleza, e de corpo, mas são apenas objetos compráveis, e não tenho dinheiro. Logo será um sacrifício ficar por lá.
Eles andam rápido, apesar de ser fim de tarde, os trabalhadores já saíram das fábricas e o bairro está deserto, a não ser por um ou outro cão vadio que fuça nos sacos negros de lixo.
Sobem as escadas de um edificiozinho que parece uma verruga de concreto rosa desbotada no meio de um bairro unicamente feito de fábricas horizontais.
O lugar é ume enorme flat, escuro, decorado naquele padrão gay decadente de sempre. PEga a comanda das mãos de um homem muito velho de peruca loira e lábios carmim já bastante sulcados. Na primeira olhada não percebe nada de interessante por ali. Só homens vestidos de mulher. Melhor seria velhos vestidos de velhas. E um ou outro garoto de toalha amarrada na cintura.
O amigo agora se torna mais nítido. Ele não entende por que o conehcimento e o reconehimento são tão difusos. A ex sombra e agora amigo muito magro, o convida para ir para a piscininha de água quente, tomar banho, jogar conversa fora. Eles se despem. Entram na psicina. Vê o pau do amigo duro dentro dágua.
Um outro garoto aparece. Na verdade tmbm um cara muito magro e loiro, cabelos cacheados e compridos, entra na água. Ele repara que o loiro está com uma feridinha rubra na pálpebra. repara também que o seu amigo se masturba na banheira, está com o pau muito duro, e nele, também nota a mesma ferida. o amigo diz:
já não aguento mais, dói muito, dói extremamente esta ferida de merda.
A água é muito quente. Os vapores sobem e entram nas narinas dilatadas. Água e calor. Ele pensa:
- pareço um pãozinho dentro do forno.
E fica nisso.
Até recobrar a consciência.
Está sozinho dentro da piscina.
Os outros se foram.
Ele toca o prório cu, está dilatado tmbm.
Sai rapidamente dali e vai colocar sua roupa. Tem tantos tênis ali, mas nenhum é o seu.
-onde foi parar meus tênis????
Uma velha tarvestí aproxima um tênis beige.
-Não é este, ele fala.
Ela começa a tirar muitos tênis de um armário.
Ai meu deus que horas são?
Ela fala que é madrugada. Peruca loira e lábios carmim fissurados.
Tenho que voltar para a casa e não encontro meus tênis.
Ela tira mais e mais pares desencontrados de tênis. do armário.
E do meio daquela bagunça ele os encontra, e os calça, e sai rapidamente pela rua. Vazia.
Uns cães que andavam por ali vão acompanhando ele para a casa. Ele pensa:
- eu deveria me chamar Agosto.

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