http://www.lumeteatro.com.br/fuga
PRIMEIRO SINAL
Fuga!
21/02 a 10/04.
Quinta, às 20h.
Com o Núcleo Fuga! (Campinas) formado por Ana Clara Amaral, Carolina Laranjeira, Eduardo Albergaria e Evelyn Ligocki. Direção: Norberto Presta. Assistência de Direção e vídeos: João de Ricardo Provocação Cênica: Jussara Miller e Renato Ferracini. Memórias, evocações e projeções dos performadores criam um espetáculo entre o teatro, a dança e a performance. Partindo de situações de espelhamento, provocações e compartilhamento de sensações, o espetáculo cria um ambiente físico/sensível, que possibilita diferentes leituras, em uma proposta que constrói sua lógica própria, trazendo o público para dentro da cena e, em alguns momentos, os performadores para fora dela. Configurado como um laboratório de experimentação dentro do espaço Lume, o Núcleo Fuga! busca, em seu primeiro trabalho, experimentar a potencialidade criativa que a união entre atores e bailarinos traz, a partir de procedimentos do Lume-teatro e da técnica Klauss Vianna de dança. No espaço Teatro de Câmara (duração: 50 minutos - recomendado para maiores de 14 anos)
R$ 8,00
[inteira]R$ 4,00
[usuário matriculado no SESC e dependentes, +60 anos, estudantes e professores da rede pública de ensino]R$ 2,00
[trabalhador no comércio e serviços matriculado no SESC e dependentes]
quarta-feira, fevereiro 20, 2008
FUGA! No SESC Paulista
terça-feira, fevereiro 05, 2008
O Golem
Tentado em repetir o ato divino, um rabino alquimista preparou com cuidado e detalhamento o corpo de um pequeno ser de terra e água. De forma humana, ele permanecia imóvel, até que o rabino, ao lembrar do primeiro sopro, escreveu com a ponta de uma vareta a palavra "vida" na testa do boneco, que de imediato abriu os olhos.
O Golem servia ao seu amo sem discutir, refletir ou falar. Era surdo e mudo, mas através dos seus olhos se podia ver o marrom animado da lama viva. Ao fim do dia, após ter feito todas as tarefas pesadas, o golen acocorava-se num canto escuro da cozinha, de olhos abertos e respiração ofegante, num silêncio perturbador, esperando novo dia e novas ordens a cumprir.
A rotina continou até que o rabino percebeu que sua criação aumentava de tamanho a cada noite, em uma semana, de um bonequinho de barro que de pé não passava do tamanho de uma mesa, tinha crescido a ponto de não caber dentro do laboratório. Sem saber o que fazer o rabino deixou que ele crescesse até ficar enorme, e logo o golem não mais era de serventia para ele, bem pelo contrário, seu tamanho e sua força descomunal pnham a vida do rabino e a ordem dos seus experimentos em perigo.
Foi num sonho que o rabino deu-se conta que deveria apagar a palavra da testa do seu criado. Mas como alcançar sua cabeça monstruosa? Ordenou firme para que o golem ajoelhasse para lhe amarrar os sapatos e ele assim o fêz. Rapidamente com uma varinha ele riscou a palavra vida e escreveu morte na testa do gigante. Imediatamente, o ser abriu a bocarra num esgar e olhou firme pela primeira vez dentro dos olhos do rabino, desmoronando logo depois num tremor abafado, matando o velhote que quisera brincar de deus, soterrado embaixo de uma lama ainda quente.
ps: foto e escultura by myself, em imbituba-sc, janeiro 2008
O Golem servia ao seu amo sem discutir, refletir ou falar. Era surdo e mudo, mas através dos seus olhos se podia ver o marrom animado da lama viva. Ao fim do dia, após ter feito todas as tarefas pesadas, o golen acocorava-se num canto escuro da cozinha, de olhos abertos e respiração ofegante, num silêncio perturbador, esperando novo dia e novas ordens a cumprir.
A rotina continou até que o rabino percebeu que sua criação aumentava de tamanho a cada noite, em uma semana, de um bonequinho de barro que de pé não passava do tamanho de uma mesa, tinha crescido a ponto de não caber dentro do laboratório. Sem saber o que fazer o rabino deixou que ele crescesse até ficar enorme, e logo o golem não mais era de serventia para ele, bem pelo contrário, seu tamanho e sua força descomunal pnham a vida do rabino e a ordem dos seus experimentos em perigo.
Foi num sonho que o rabino deu-se conta que deveria apagar a palavra da testa do seu criado. Mas como alcançar sua cabeça monstruosa? Ordenou firme para que o golem ajoelhasse para lhe amarrar os sapatos e ele assim o fêz. Rapidamente com uma varinha ele riscou a palavra vida e escreveu morte na testa do gigante. Imediatamente, o ser abriu a bocarra num esgar e olhou firme pela primeira vez dentro dos olhos do rabino, desmoronando logo depois num tremor abafado, matando o velhote que quisera brincar de deus, soterrado embaixo de uma lama ainda quente.
ps: foto e escultura by myself, em imbituba-sc, janeiro 2008
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